Analisar uma realidade requer a utilização de determinadas ferramentas. Da mesma forma, quem elabora projetos, planeja, reflete e avalia ações necessita de algum tipo de instrumental. Escolher os instrumentos para a finalização mais adequada de cada um destes desafios é um dos primeiros passos para a sua resolução. Mas como se decide?
Imagine-se o leitor diante da necessidade de transportar-se de uma cidade a outra. As alternativas possíveis e disponíveis podem ser de vários tipos: do avião à caminhada, passando pelo automóvel particular, automóvel locado, trem, helicóptero, ônibus, bicicleta, barco… A escolha dependerá da análise de uma série de variáveis: distância, existência de estradas, rios navegáveis, trilhos, quantidade de acompanhantes, tempo disponível, etc. Isso serve para dizer que nem sempre o recurso mais “poderoso” é o mais adequado para uma dada situação. Ninguém tomará um avião para percorrer uma pequena distância, havendo tempo, estradas, automóveis à disposição, assim como não se admitiria percorrer a pé uma grande distância, com uma comitiva premida pelo prazo.
Para fazer a melhor escolha, é preciso conciliar o conhecimento das condições existentes com os recursos disponíveis. Não basta, portanto, conhecer as variáveis (tempo, objetivo, distância, infra-estrutura). É preciso conhecer também os tais recursos: como é um avião, em que condições pode ser usado, o que implica seu uso em termos de equipe e de custo. O mesmo se dá com os instrumentos participativos e a ação participativa. As pessoas conhecem, em geral, as condições em que deverão atuar, mas muito frequentemente desconhecem o conjunto de instrumentos disponíveis. Quando muito, têm acesso a um ou outro especialista em determinado instrumento, o qual naturalmente defende o seu como “o” instrumento.
Para dar uma visão geral do conjunto de instrumentos e, assim, auxiliar na sua escolha consciente é que surgiu este livro. Mas ele vai além ao partir do pressuposto de que os métodos devem perder a aura mítica que muitos lhes atribuem. Aqui se defende a ideia de que os instrumentos são meros meios para que se discuta o que é central na questão da participação: as disputas pelo poder. Como diz o organizador, na introdução, “instrumentos participativos têm como função principal ajudar a estruturar as disputas sobre poder entre atores sociais, torná-las mais transparentes e desta forma contribuir para uma distribuição mais equitativa de poder”.
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Metodologia participativa
uma introdução a 29 instrumentos
Coautores: Alessandro Vanini Amaral, Alexandre Fortes, Américo Almeida Magadan, Antônio Elgma de Araújo, Cesar Bujes, Dunja Brede, Eduardo Pereyra, Eugênio Giovenardi, Evanildo Barbosa da Silva, Flavia Luciana Naves Mafra, Hans Jürgen Fiege, Horst Matthäus, Ivan Jairo Junckes, Jackson de Toni, Jairo Aldo da Silva, Jean Marc Von der Weid, João Carlos Costa Gomes, Jones Susin, Jörg Meyer-Stamer, Luis Paulo Arena Alves, Luiz Antonio Staub Mafra, Luz Marina Gutiérrez Haan, Marcos Affonso Ortiz Gomes, Marcos José Pereira da Silva, Maria Alice Salles Moura, Maria Eliete Gomes, Maria Madalena Colette, Oscar José Rover, Peter Pfeiffer, Ricardo Silveira de Carvalho, Robson Amâncio, Sergio Cordioli, Tania Zapata
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Categorias: Metodologia, Terceiro Setor
Número de páginas | 328 |
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Dimensões | 16 × 23 cm |
ISBN | 9788586225666 |
Edição | 2 |
Ano de publicação | 2010 |
Peso | 499 g |