A Coleção Filosofinhos, coordenada pela filósofa Maria de Nazareth Agra Hassen convida o leitor a conhecer um pouco da filosofia acompanhando historinhas cujos personagens são grandes filósofos quando ainda eram pequenos… Nessas histórias, os pensadores são crianças, mas já apresentam algumas de suas ideias revolucionárias. Todas as crianças são naturalmente curiosas, característica fundamental para buscar o saber, e a filosofia introduzida de forma lúdica favorece a exploração do mundo do conhecimento. Essa coleção também ajuda os adultos a pensarem o mundo e a compreenderem as crianças, mas principalmente mostra como é bom ser curioso e perguntador. Para os adultos (pais, cuidadores e professores) cada volume inclui uma pequena biografia do pensador retratado, além de sugestão de outras leituras para aprofundar o conhecimento. As histórias são bilíngues português/francês, pois a coleção tem como propósito alargar as fronteiras da criança, mostrando-lhe que a mesma história pode ser lida em outra língua. Também visando estimular o pensamento crítico e uma relação ser humano/natureza mais sadia, a Coleção Filosofinhos/Les Petits Philosophes é impressa em papel reciclado.
Coleção Filosofinhos, vol. 10 – Frantz Fanon
Em uma seleção que apresenta pensadores que revolucionaram, que levaram a mudanças e a evoluções, não poderia faltar Frantz Fanon. Esse médico e filósofo, negro, nascido na Martinica, tinha o dom da escrita, da reflexão e da ação. Admirador de Marx e também dos contemporâneos Sartre e Simone de Beauvoir (presentes na Coleção), acrescentou a consciência de novos fatores de dominação: o colonialismo e o racismo. Se hoje, por muito que falte caminhar, estamos trilhando a superação do racismo estrutural, o que já conseguimos devemos em boa parte ao seu pensamento e à sua denúncia. As crianças percebem muito bem quando leem esse trecho do volume sobre Fanon: “Na escola, ao pedir um lápis cor de pele, por que se entrega sem pensar, lápis amarelo, palha ou bege? Isso parece navalha, fere! Pois se vê que errado se ensina, na escola e na esquina, que preto não é cor de pele.” Enfrentar a dominação do mais forte sobre o mais fraco, enfrentar o racismo são tarefas que devem começar desde a primeira fase das nossas vidas. E é dever de todos.
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