A violência como nova questão social mundial está provocando mudanças naquilo que conhecemos por Estado. Ao mesmo tempo, vêm à tona diversas formas de conflitos sociais, de violências e de situações vividas de injustiças que ameaçam as possibilidades da participação e da cidadania. As sociedades, muitas vezes, parecem aceitar a violência, incorporando-a como prática social e norma coletiva.
Como reafirmar a soberania em um contexto de formas transnacionais de poder político? Poderia o multilateralismo como política externa superar tais assimetrias?
Quais seriam as possibilidades de construção da paz no discurso político contemporâneo, superando as desigualdades e produzindo um respeito e reconhecimento do outro, sem exclusão da conflitualidade social?
Caminham nessa direção as contribuições deste livro, resultado de análise de experiências no Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai com múltiplos enfoques teóricos. Desse amplo espectro de textos surge uma questão: estamos construindo uma cidadania transnacional ou mundial, marcada pela criação institucional e pela difusão e comunicação de práticas sociais, jurídicas e simbólicas inovadoras, fundadas na dignidade humana e na paz?
O esforço político e intelectual é perceber as pistas de outras dinâmicas da vida social, exercitar a mediação de conflitos e compreender as invisibilidades sociais produzidas pelos modos de dominação contemporâneos, políticos e simbólicos.
Este livro afirma a necessidade de ressignificar o conceito de paz na perspectiva da construção da paz, local e mundial, reconhecendo o conflito como produtor de novas socialidades. Aprender com o conflito, com o sem-sentido das violências, superando as noções do senso comum.

Número de páginas 432
Dimensões 16 × 23 cm
ISBN 9788586225703
Edição 1
Ano de publicação 2012
Peso 640 g