Espanto de uns, admiração ou indignação de outros, as manifestações de 2013 no Brasil ainda carecem de análises mais profundas. Simultaneamente aos eventos, jornalistas policiais, comentaristas esportivos, apresentadores e âncoras de programas de variedades – neoespecialistas em multidão – se alçavam a definir categoricamente o que ocorria. Uma das preocupações recorrentes foi a tentativa de enquadrar o que estava acontecendo dentro da lógica preestabelecida: direita/esquerda, organizado X espontâneo, contra isso ou a favor daquilo. Diferentes instituições do Estado, sindicatos, partidos, igrejas, mídias, grupos não formalizados disputavam a hegemonia de algo que ainda não estava plenamente conformado nem mesmo no palco dos acontecimentos.Com o distanciamento, trabalhos sérios começam a surgir, dos quais se espera o discernimento e a consciência capazes de interpretar adequadamente as dinâmicas sociais e políticas. É sobre o arsenal de possibilidades trazido pelas manifestações e suas interpretações que os articulistas presentes nesta coletânea se debruçam. Por diferentes perspectivas refletem sobre os eventos, seus protagonistas, circunstâncias e conjunturas, motivos ou interesses e seus desdobramentos. Não é uma visão finalizada, tampouco uníssona, que enseja mesmo aqui visões distintas para o leitor formar sua própria opinião sobre este recente período de nossa história.
#protestos
análises das ciências sociais
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Número de páginas | 120 |
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Dimensões | 16 × 23 cm |
ISBN | 9788586225857 |
Edição | 1 |
Ano de publicação | 2014 |
Peso | 205 g |