Este livro incorpora os trabalhos apresentados no Seminário Internacional Violência, Conflitos Sociais e Cidadania (X Seminário de Estudos Latino-Americanos), realizado pelo GPVC – Grupo de Pesquisa Violência e Cidadania em conjunto com o Grupo de Trabalho Violência, Segurança e obstáculos à Cidadania e com o ILEA – Instituto Latino-americano de Estudos Avançados da UFRGS, em outubro de 2016. Também estão presentes outros autores do GPVC e do CLACSO.
Agradecemos ao CNPq, CLACSO, PPG em Sociologia e PPG em Políticas Públicas e ao IFCH da UFRGS. Agradecemos também à Universidade Estadual do Ceará e à Universidad de la República, Uruguay.
O dilema da América Latina decorre de uma ordem social baseada em conceitos que valorizam a repressão e uma polícia autoritária, e que acentuam a estigmatização dos jovens e de grupos sociais em situação de vulnerabilidade, minorias negras, indígenas e homossexuais.
Neste estado de coisas, notamos com preocupação que não só a autoridade repressiva tem sido um exercício constante na América Latina, mas também há expressões de conservadorismo e de autoritarismo que possibilitam formas de violência, físicas e simbólicas. Tais autoritarismos geram expressões de animosidade social que acabam por legitimar uma ação governamental conservadora e repressiva.
Porém, há esforços para desenvolver novas políticas de segurança pública e incentivar o policiamento comunitário: em suma, a constituição de uma “segurança cidadã” que garanta a vida e ajude a realizar uma nova civilidade. Isso tem acontecido no Brasil (no Governo Federal até 2015 e em alguns estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Sul) e em outros países. Na Argentina (no Governo Federal e na Província de Buenos Aires), na Colômbia (nas cidades de Bogotá e Medellín), no México (capital), na Venezuela (sua Polícia Federal) e na Nicarágua, entre outros.
Isso mostra que existem experiências – programas, projetos ou ações – que tentam prevenir a violência e reduzir o crime com base em opções alternativas que garantem o direito à segurança das pessoas. Assim, é preciso pensar em termos de uma explicação complexa da violência atual.
Essa situação reflete um compro-misso acadêmico da sociologia latino-americana com o tema, com o papel de garantir os direitos humanos e prevenir várias formas de violência, colocando a relação entre conflitualidades e a modernidade tardia.
Concluímos por reafirmar a democracia como um regime político ca-paz de reduzir a violência e insta-lar um pensamento que permita construir a paz com diversidade social e humana, a partir da segurança cidadã.
Neste estado de coisas, notamos com preocupação que não só a autoridade repressiva tem sido um exercício constante na América Latina, mas também há expressões de conservadorismo e de autoritarismo que possibilitam formas de violência, físicas e simbólicas. Tais autoritarismos geram expressões de animosidade social que acabam por legitimar uma ação governamental conservadora e repressiva.
Porém, há esforços para desenvolver novas políticas de segurança pública e incentivar o policiamento comunitário: em suma, a constituição de uma “segurança cidadã” que garanta a vida e ajude a realizar uma nova civilidade. Isso tem acontecido no Brasil (no Governo Federal até 2015 e em alguns estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Sul) e em outros países. Na Argentina (no Governo Federal e na Província de Buenos Aires), na Colômbia (nas cidades de Bogotá e Medellín), no México (capital), na Venezuela (sua Polícia Federal) e na Nicarágua, entre outros.
Isso mostra que existem experiências – programas, projetos ou ações – que tentam prevenir a violência e reduzir o crime com base em opções alternativas que garantem o direito à segurança das pessoas. Assim, é preciso pensar em termos de uma explicação complexa da violência atual.
Essa situação reflete um compro-misso acadêmico da sociologia latino-americana com o tema, com o papel de garantir os direitos humanos e prevenir várias formas de violência, colocando a relação entre conflitualidades e a modernidade tardia.
Concluímos por reafirmar a democracia como um regime político ca-paz de reduzir a violência e insta-lar um pensamento que permita construir a paz com diversidade social e humana, a partir da segurança cidadã.
